Os empresários brasileiros já se deram conta da necessidade e dos benefícios da tecnologia na redução dos custos e no aumento da competitividade. Mesmo nas microempresas, os softwares e a internet estão cada vez mais presentes. Entretanto, se por um lado o cenário é de avanços tecnológicos, que permitem a modernização e a agilidade dos processos, por outro, existem as obrigações, em especial as tributárias, que oneram e expõem os negócios das empresas ao risco, em todos os segmentos do mercado.
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), por exemplo, trouxe um regime mais detalhado no preenchimento dos campos de dados, com o propósito de oferecer mais credibilidade às informações fornecidas pelas empresas à Secretaria da Fazenda, além de possibilitar o cruzamento de diversas informações, aumentando a eficiência da fiscalização, a arrecadação e identificando mais facilmente casos de sonegação no ambiente do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).
O que lidera atualmente a lista de dificuldades na emissão da nova versão da NF-e é a falta de conhecimento dos códigos da organização, como a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE). Por isso, se torna cada vez mais necessário conhecer detalhadamente todos os setores da empresa, as cadeias mercadológicas que englobam seus produtos e serviços, bem como a classificação tributária de cada produto.
De acordo com dados da 6ª Pesquisa IOB Folhamatic SPED, de 929 empresas pesquisadas, 10% já receberam notificações. É importante ressaltar que 45% foram originárias de obrigações eletrônicas do SPED e, em sua maior parte, foram recebidas nos últimos dois anos.