Este artigo define os benefícios potenciais de planejar, apresenta os argumentos dos críticos do planejamento e analisa dados de pesquisas para determinar o impacto organizacional do planejamento. O Planejamento dá direção, reduz o impacto da mudança, minimiza a redundância e o desperdício e estabelece padrões para o controle. O planejamento formalizado e estratégico é de uso generalizado nos negócios, mas os críticos observaram o seguinte:
• O planejamento cria muita rigidez. Supondo que as condições permanecerão relativamente estáveis, os planos formais limitam as unidades organizacionais em metas e prazos específicos.
• Você não pode planejar mudança em um ambiente turbulento. Embora a turbulência possa representar oportunidade para organizações flexíveis, as organizações encerradas em planos formais consideram a mudança como problema.
• Os sistemas não podem substituir a intuição e a criatividade. O desenvolvimento de estratégias depende tanto da intuição e da criatividade quanto da análise formal. Uma vez que a maioria das estratégias bem-sucedidas é constituída de visões e não de planos, a mera adoção de uma estrutura sistemática não resultará em pensamento incisivo.
• O planejamento concentra a atenção da administração mais na competição no interior da estrutura industrial de hoje do que na competição pelo futuro. A administração deve ser preventiva e mudar as regras da indústria ou criar as indústrias do futuro.
• O planejamento leva as organizações bem-sucedidas a se preocuparem demais com os fatores responsáveis por seu sucesso, gerando condições que podem conduzir ao fracasso. O sucesso pode criar o fracasso. Considerando que a mudança é motivada por problemas, o sucesso de longo prazo não motivará os gerentes a manter o status quo.
As evidências são principalmente positivas e sugerem várias conclusões. Primeiro, o planejamento formal geralmente está associado a resultados financeiros positivos. Segundo, o desempenho é mais afetado pela qualidade do processo de planejamento e pela implementação dos planos do que pela extensão do planejamento. Terceiro, os gerentes aprenderam a adotar planos de contingência e o planejamento como processo contínuo para promover a flexibilidade. Quarto, nenhum sistema de planejamento ou estrutura estratégica pode substituir a perspicácia criativa e intuitiva. Quinto, o ambiente pode escapar até aos melhores planos estratégicos.
Robson Paniago é Administrador Tecnológico & Social e professor da IBE-FGV.