Quem leu Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda, Caio Prado Jr, Celso Furtado, Sartre, Bertrand Russsel, Peter Drucker e tantos autores de diversos matizes vai entender que entender o Brasil não é simples.

O Brasil tem traços cartoriais que vem da época do descobrimento e temos muitos ranços a serem resolvidos e equacionados.

Muito se falou de coisas superlativas que não nos orgulham: uma das maiores taxas de juros do mundo, impostos sem retribuições compatíveis, sindicatos e associações que não representam suas bases, benesses aos amigos do rei e o famoso e indecoroso “jeitinho”.

Os ventos de mudança começam a surgir e pessoas que se entronizam no poder e se acham acima do bem e do mal se encontram em todos os lugares e profissões.

Muitas associações de classe são presididas por pessoas que se eternizam nesses cargos e que ficam circulando nos mesmos achando que representam e que podem fazer e desfazer com seus associados.

Assim como na política percebemos que essa miríade de partidos acaba não representando ninguém e que ser político nesse país está mais desvalorizado do que a mais desvalorizada das moedas.

Os profissionais que assumiram o comando das associações de classe no Brasil se perpetuam no poder e ainda se acham que a democracia funciona quando eles e os “amigos do rei” continuarem a aplaudir os malfeitos e desmandos que acontecem à luz do dia.

E para justificarem seus atos impensados ainda tentam se justificar posando de visionários e incompreendidos em atitudes de que seus representados não tem o direito de reclamar de medidas que são frágeis e equivocadas.

Não a RN 512 do CFA – Conselho Federal de Administração e dos CRAs – Conselhos Regionais de Administração que se acham no direito de ceder a outras profissões espaço esse que não teremos respaldo em nenhuma delas.

Que os ventos mudem ou que mudemos essa medida que acredito ser um tiro no pé dos administradores brasileiros.

Palestrante Robson Paniago é e - Administrador & Poeta