Você sabe qual é a primeira coisa que as empresas fazem em momentos de crise? Se escondem! Com o Coronavírus em alta, tomando conta da vida de todos, essa prática ficou ainda mais forte e impactante. Não estamos falando de fechar as portas e ir para uma caverna, mas sim de parar de anunciar, de investir em mídias e abandonar as redes sociais. É o famosos " na crise, corte a publicidade", um termo que engloba toda e qualquer ação de divulgação.
Não é algo inteligente de se fazer agora. O percentual, no Brasil, de pessoas/clientes/consumidores que entendem a comunicação como essencial ou um fator decisivo em sua decisão de compra é bem alta.
Mas será que as marcas estão fazendo o correto nesta pandemia? De acordo com o Relatório Especial Edelman Trust Barometer, quando se trata de marcas que você irá ou não comprar ou usar, o resultado do levantamento aponta algumas diretrizes interessantes:
"Os números desta pequisa mostram que 81% das pessoas dizem que precisam confiar que a marca fará o que é certo neste momento, e que o grande público espera que as empresas tenham responsabilidades de garantir, dentre outros fatores, que seus empregados estejam protegidos do vírus no local de trabalho para não espalhar ainda mais o perigo. Em outras palavras, todo mundo está de olho em como as empresas estão se posicionando nesta crise. Se esconder e não divulgar essas ações, bem como fingir que nada está acontecendo, será um grande tiro no pé" afirma Ediney Giordani, fundador da KAKOI Comunicação, empresa que colocou todos os funcionários em home office desde os primeiros movimentos da pandemia.
Invista em comunicação, não em omissão
As marcas têm um papel vital nesta crise e a última coisa que os consumidores querem é uma empresa que fique calada. É o momento de aparecer e usar todos os seus recursos e muita criatividade para fazer a diferença:
"O que é bem-visto agora são marcas que concentram todos os esforços em encontrar soluções adequadas e significativas para os problemas que as pessoas estão enfrentando hoje. Todo mundo se sente mais tranquilo quando percebem ações positivas. As más notícias chegam todos os dias, portanto é papel das empresas criar empatia para ajudar tanto a informar quanto a tranquilizar" explica Giordani.
E parece que muitas destas marcas entenderam o recado. Cerca de 60% das pessoas percebem que as marcas e companhias estão respondendo com mais rapidez e eficiência à pandemia do que o governo enquanto, 72% tem a esperança de que o Brasil vai vencer a crise com a ajuda das empresas na busca por solução aos novos desafios:
"Os exemplos estão aí. Um restaurante que faça delivery com toda a higiene do mundo, uma grande loja que reforçou suas vendas onlines e fábricas que adaptaram suas produções são bem vistas pelo público. Acredite, essas ações geram esperança, pois é uma marca falando com seu público que se preocupa com seus funcionários e seus consumidores."
Não se esconda!
Ações como estas precisam de toda a divulgação possível, portanto não é hora de se esconder. Ediney explica que mais do que simplesmente implementar boas ações preventivas, uma boa divulgação atrai mais ainda as pessoas:
"Quem não fica sensibilizado com uma empresa que tomou o cuidado de disponibilizar computadores para home office para seus funcionários? O mais difícil já foi feito, que foi a adaptação, portanto é hora de falar para todo mundo o que está acontecendo. Não corte suas redes sociais nem a sua assessoria de imprensa, não deixe de criar vídeos bem feitos e insista em ações de marketing. Acredite, as pessoas dão mais valor do que você imagina" completa.