Coronavírus, lockdown, isolamento social… Essas palavras que tanto causaram preocupações para os trabalhadores em 2020 parece que não assustam mais dentro de um setor que está retomando a sua força com tudo: a indústria!
Os números do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), divulgados recentemente pelo Ministério da Economia, mostram que o setor industrial foi o que mais criou empregos formais no ano passado, com 207.540 novos postos de trabalho. Sem a indústria, o saldo de empregos no país seria muito pior.
“A perspectiva de crescimento dos empregos formais na indústria é muito boa agora em 2021” explica Eliana Catalano, coordenadora de recrutamento e seleção da RH NOSSA. A especialista se faz valer do documento Economia Brasileira, criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que traz um cenário amplamente positivo para a criação de novas vagas de emprego somente neste setor.
“A grande diferença para este ano é o começo da vacinação. Se todos conseguirem seguir os protocolos de segurança e higienização contra o COVID-19 ao mesmo tempo em que a vacinação segue seu fluxo, em pouco tempo teremos uma melhora contínua na geração de empregos. Empresas que paralisaram suas atividades ou tiveram que demitir em virtude de tudo o que passamos, vão recontratar. Novas vagas serão abertas gradativamente” aponta Catalano.
Geração de empregos
Catalano aponta a indústria como uma das portas da retomada da economia nacional neste momento por diversos motivos:
- É democrático na busca por perfis, podendo receber tanto trabalhadores sem experiência quanto quem passou anos em uma fábrica, dependendo da função;
- É um dos setores com a melhor remuneração dentre todos
- A capacidade de receber funcionários é enorme - a indústria brasileira emprega 9,7 milhões de trabalhadores.
“Vai depender muito da atividade que será executada, mas não é raro encontrarmos salários na indústria, para quem possui ensino superior completo, ultrapassando a casa dos R$ 7.000. Para aqueles que possuem ensino médio completo, o salário também é ligeiramente maior se compararmos com outros setores. E não podemos nos esquecer que a indústria movimenta outros setores, como logística e varejo - presencial e virtual” complementa Catalano.